sábado, 21 de abril de 2007

Documentos: Passaporte

Como muitos sabem, o passaporte brasileiro está sendo substituído por um mais moderno, com mais segurança, adequado aos atuais padrões de segurança. Claro que isso vem com um custo extra. O novo passaporte custa quase o dobro do atual, porém só está disponível em algumas localidades (Anápolis, Brasília, Goiânia, Manaus e São Paulo). Nas demais, o antigo ainda é utilizado.

Documentação necessária para maiores de 18
- 2 fotografias 5x7 datadas
- Formulário de requerimento impresso e preenchido
- Comprovante de pagamento em reais da GRU
- Aprensentar RG ou Carteira de Identidade Militar
- Apresentar Titulo de Eleitor e comprovante de regularidade com a Justiça Eleitoral
- Apresentar comprovante de residência
- Apresentar certificado de reservista (para homens entre 18 e 45 anos)
- Apresentar certificado de naturalização (para naturalizados)
- Apresentar passaporte anterior (se houver)
- Documentação em detalhes

Documentação necessária para menores de 18
- Os acima citados
- Autorização dos pais ou responsável legal em formulário próprio ou do Juiz competente.
- Autorização de viagem preenchida e assinada pelos pais com reconhecimento de firma em cartório
- Documentação em detalhes


Para outras informações sobre passaporte, visite o site da Polícia Federal

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Dúvidas: Qual a melhor modalidade para mim?

Várias pessoas tem me procurado por esses dias com a pergunta do título e variantes. É uma dúvida válida. Passei por ela, vocês todos viram o meu dilema. E muitos que começaram a pesquisar agora e com certeza outros que ainda irão começar vão se perguntar isso em algum ponto.

Porém, infelizmente não é uma pergunta que eu possa responder, pois se trata de algo extremamente pessoal. O que posso fazer é ajudar a chegar na resposta. Então apertem os cintos e vamos lá.

Placement
Pode, talvez, ser considerada como a opção mais "fácil" de todas. Certamente é a mais cômoda. Você contrata a agência, preenche um formulário com caracteristicas, habilidades e preferências. Seu trabalho para por aí. Agora é a vez da agência fazer o serviço sujo, que consiste em comparar o seu "curriculo" com as vagas disponíveis nos empregadores associados à agência. E voilá! You got a job, baby. Agora é hora de arrumar as malas e conseguir uma casa (embora isso não seja exatamente sempre fácil). Maravilha! Porque então existem as outras opções? Para que problemas se tudo pode ser tão simples? É aí que entra o pulo do gato. Lembra como as agências comparam seu curriculo com os empregadores cadastrados com elas? Então... Esses empregadores vão desde resorts maravilhosos em Lake Tahoe, Park City ou Naples até um obscuro restaurante no Missouri. E você simplesmente não pode escolher. Apenas indicar o que prefere. É uma espécie de loteria glorificada. Feeling lucky? Além disso, ainda existe a maldita claúsula "lock-in". Nada de trocar de emprego, nada de sair do que você foi contratada... Está presa a ele. A menos que você tenha um chefe muito bonzinho ou muito ruinzinho. Porém, apesar de todas as variaveis, é uma opção muito interessante para marinheiros de primeira viagem, inseguros, indecisos, de quem se garante no currículo ou quem não tem tempo de pesquisar, não sabe como nem quer aprender.


Job Fair
É uma outra opção fantástica. A agência reune para você, ao vivo e a cores, dezenas de empregadores, de ótimos a medianos, que estarão lá de mãos abertas para lhe receber. Um verdadeiro buffet de empregos. Toda a vantagem de impressionar os empregadores com sua personalidade esfuziante, seu inglês bom, enfim... Oportunidade de vender seu peixe pessoalmente. Você ainda pode escolher qual empregador vai lhe entrevistar, o que significa uma liberdade de escolher o lugar para onde se vai. Soa perfeito? Sim, soa. Mas... Sempre o "mas". A nossa velha amiga "lock-in" também aparece por aqui. E não ache que é um buffet "all you can eat". Limite-se a um prato, digo, empregador apenas. Seja uma entrevista, ou três, você terá um número determinado de escolhas e entrevistas. Além disso, para participar da feira, você precisa ter um nível de inglês bem decente. Desista se seu inglês é mais do tipo "yes" ou "no" que estar apto a traduzir um texto sem ajuda de dicionário. Outro detalhe, é que alguns empregadores exigem uma determinada data de ida e retorno. Mas de modo geral, é uma das melhores opções. Vale avisar que quanto mais prestigio sua agência (ou o sponsor) tiver, melhores serão os empregadores.


Independent (walk-in)
Sou suspeita pra falar dessa modalidade. Na minha humilde opinião é a melhor do mundo... Mas isso só sou eu :). A palavra chave aqui é liberdade. É tudo com você. Para onde vai, com quem vai, onde vai trabalhar, onde vai morar e tudo o mais que exigir escolha. Não tem "lock-in", não tem data de chegada nem de saída. O céu (e o DS2019) é o limite!!! Mas... mesmo aqui, nem tudo são flores... Essa é uma modalidade para os devotos do São Google. Se ele não era, vai virar seu melhor amigo, companheiro de todas as horas, um verdadeiro Todinho. Escolher a cidade é uma luta... A liberdade também pode ser sufocante, com tantas opções legais... chega a ser (quase) melhor que uma loja de doces! E depois vem a luta para pesquisar empregos, casas, como é a cidade... enfim... pesquisas intermináveis (e para uns loucos, prazeirosas). Sua nova rotina inclui abusar diariamente corretores de imóveis e RHs das empresas alvo. Checar seu e-mail cem vezes ao dia é normal e necessário. Vida social? Só nos fins de semana e depois do horário comercial... de lá. Aprender a contar fuso horário é requerimento. Mas... bem lá no fim do túnel do despespero tem a luzinha salvadora: walk-in. Não conseguiu emprego e o vôo é semana que vem? Relax, honey. Muitos empregadores estarão esperando você ir falar com eles pessoalmente assim que chegar nos States.


Independent (sem walk-in)
Particularmente considero essa a opção mais "difícil" e não recomendaria para aqueles que vão pela primeira vez. O diferencial aqui, em relação a anterior, é a necessidade de um emprego, qualquer emprego, para embarvar. No job, no USA. Não adianta chorar nem espernear. E muitos empregadores não contratam via e-mail. Marcam entrevistas. Não digo que seja impossível conseguir uma job offer. Mas é difícil. E a medida que o tempo for passando e nada for chegando... Bate o desespero. O único aspecto positivo, para mim, é o preço. É a opção mais barata de todas. É válido para returnees com contatos ou os sortudos com algum parente/amigo disposto a lhe contratar ou pelo menos a dizer que vai.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Belta, BEX e Experimento vs. IstoÉ

A matéria da IstoÉ trouxe muita repercussão entre os intercambistas e principalmente entre as agências citadas na matéria. Visando mostrar o "outro lado da moeda" essas agências e a BELTA (associação que reúne as principais e melhores agências de intercâmbio do país), usando do direito constitucional de resposta, rebateram as acusações que lhe foram feitas por meio dos textos que seguem abaixo:

Carta da Belta à IstoÉ

A Belta (Brazilian Educational & Language Travel Association), associação brasileira de educação internacional, quer, primeiramente, parabenizar a IstoÉ por se interessar por um assunto importante e por alertar sobre possíveis abusos de mão-de-obra estrangeira no exterior. No entanto, o foco da matéria virou-se a um programa respeitado e realizado por empresas sérias - o que, por esse motivo, gerou dezenas de pontos a serem esclarecidos, muitos deles por serem incorretos ou talvez mal apurados, na reportagem de capa "Intercâmbio escravo", publicada na edição no 1953, de 4 de abril de 2007. Acreditamos que é importante destacarmos as incorreções para que os leitores de IstoÉ tenham o maior número de informações possível e saibam escolher corretamente um bom programa de educação ou trabalho no exterior - é essa preocupação da Belta, aliás, que faz com que os programas de educação internacional sejam cada vez mais profissionais e, por isso, cada vez mais procurados.

A reportagem trata de um programa específico e trabalhado pela maioria das associadas Belta, o Work & Travel - que, ao contrário do exposto na reportagem, tem credibilidade e é levado a sério pelas operadoras no Brasil associadas à Belta - o que inclui as duas empresas retratadas na reportagem, Bex e Experimento. Todas prestam um serviço de prestígio internacional e sempre estão à disposição para esclarecer dúvidas e eventuais problemas que ocorram com seus estudantes em outro país. Bex e Experimento, inclusive, acompanharam todo o desenvolvimento do programa dos intercambistas, sempre dando suporte e apoio a eles. Toda a comunicação com os intercambistas foram feitas por telefone e por emails, que as empresas têm guardados e arquivados, e que comprovam o suporte prestado.

A mais grave leviandade da reportagem é o uso da expressão "trabalho escravo" para caracterizar um dos tipos de intercâmbio cultural. Expressão impressa na capa, no título da matéria e em diversas ocasiões durante o texto. É preciso ter mais responsabilidade antes de acusar empresas sérias de praticar algo tão deplorável quanto o trabalho escravo - ação que, segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), caracteriza-se pelo "cerceamento real da liberdade de uma pessoa" - o que não houve em nenhum dos casos citados. Caracteriza-se, ainda, pelo endividamento: "impõe-se ao trabalhador uma dívida que ele não contraiu ou que ele não acordou". Nenhum dos estudantes ficou preso ao trabalho por dívidas contraídas, nem tiveram dívidas que fossem maiores do que o salário recebido, ou seja, nenhum deles ficou preso ao empregador. E todos assinaram contratos nos quais sabiam onde iriam trabalhar, o quanto iriam receber e que a acomodação seria de responsabilidade deles.

Apesar de ter sido escolhida uma expressão incorreta e sensacionalista para apresentar os casos desses estudantes, isso não invalida os supostos problemas ocorridos com eles. Por isso, os casos citados foram apurados pela Belta e se constatou que foram seguidos os itens acordados em contrato: não houve pagamento menor do que o previsto e em todos os casos as empresas no Brasil se disponibilizaram a resolver os problemas, mesmo quando eles não eram responsabilidade da operadora no Brasil, caso da acomodação.

Mas a reportagem de IstoÉ confunde, ainda, viagem de estudos com viagem de trabalho temporário e, pior, engloba todos os programas culturais no exterior no nome "intercâmbio", fazendo com que o leitor se confunda (ao invés de esclarecê-lo) e ampliando o erro no uso da expressão "trabalho escravo" a todos os tipos de viagens culturais - um bom exemplo é o último parágrafo, que cita o programa de high school, um dos mais tradicionais programas de educação internacional que em nada tem a ver com programas Work & Travel: para começar, é estritamente educacional. Ou o abre, quando diz que em 2006 pouco mais de 70 mil brasileiros deixaram o País em programas de intercâmbio, sem separar os tipos de programas.

Programas como o Work & Travel são uma oportunidade para jovens que não têm condições monetárias de pagar uma viagem ao exterior viajarem no período de suas férias universitárias. São programas estritamente de trabalho temporário. Não é - e a Belta trabalha para esclarecer isso diariamente - uma maneira de viajar para ganhar dinheiro, enriquecer ou ser uma alternativa ao trabalho no Brasil. No máximo, com o dinheiro recebido pelo trabalho, o estudante paga a viagem ou economiza para poder, depois do trabalho, viajar pelo país. Tampouco é uma viagem de estudos, ao contrário do que diz a chamada de capa: a carga horária do programa é uma carga horária de quem trabalha naquele país e não lhe é permitido estudar, pelo tipo de visto que lhe é concedido. Os estudantes que querem apenas estudar possuem uma variedade enorme de programas para fazê-lo, dependendo de suas intenções - e que ultrapassa os 10 citados na reportagem.

Gostaríamos, mais uma vez, de ressaltar a importância de levantar tal assunto - e de certificar que a Belta, junto com suas associadas, trabalha diariamente para que a qualidade dos programas culturais no exterior seja sempre respeitada tanto nacional quanto internacionalmente. De maneira alguma as empresas encorajam trabalho escravo ou a exploração de estudantes brasileiros no exterior. Não há vilões nem quadrilhas. E que casos como os expostos na reportagem devem ser apurados com a devida responsabilidade, transparência e sem sensacionalismos - assim como foi feito pela Belta.

Por fim, esclarecemos que a diretoria da Belta foi contatada durante a produção da reportagem, mas o que foi exposto aos autores da matéria não foi divulgado.




Carta da BEX à IstoÉ


Em virtude da matéria de capa publicada na última edição da revista IstoÉ que aborda a exploração de estudantes intercambistas em Programas de Trabalho nos EUA, a BEX vem esclarecer e se posicionar sobre os fatos citados, que ao meu ver não condiz com a realidade.

O programa Work and Travel tem como objetivo proporcionar aos universitários brasileiros a oportunidade de trabalho temporário, remunerado e legal nos Estados Unidos. Não se trata de um Intercâmbio Acadêmico e de estudo, como aparece na matéria, mas um tipo de Intercâmbio Cultural onde os brasileiros passam uma temporada nos Estados Unidos, trabalhando, recebendo salário justo e suficiente para seu próprio sustento no país. Esse tipo de programa é regulamentado pelo departamento de estado americano e o intercambista recebe o visto J-1 no consulado americano, que não permite ao intercambista estudar, somente trabalhar. Portanto, não faz sentido a reclamação de que os intercambistas não podiam estudar, pois seria até ilegal.

Outra contradição na matéria é o fato dos intercambistas terem reclamado que os serviços incluídos no programa de Work and Travel não foram devidamente prestados e que foi propaganda enganosa. Conforme contrato assinado pelos próprios intercambistas com a BEX, fazem parte do programa Work and Travel os seguintes serviços: Colocação do intercambista em vaga de trabalho; Emissão e envio da documentação específica para solicitação do visto J-1 (formulário DS 2019); Seguro de Saúde com cobertura para o período de trabalho; Orientação sobre solicitação de visto e reunião de orientação sobre o programa (onde são explicados os vários procedimentos a serem adotados pelos estudantes, inclusive em casos de dificuldades); Suporte da BEX e da organização de intercâmbio americana durante o período do programa. Todos estes itens previstos em contrato foram cumpridos pela BEX. Inclusive o salário recebido pelos intercambistas era de US$ 7,25 / hora, maior do que a média do salário mínimo americano que fica em torno de US$ 5,60 / hora.

No mesmo contrato, está claro que a acomodação não faz parte dos serviços incluídos no programa e que os custos são de inteira responsabilidade do intercambista. No caso dos intercambistas citados na matéria, que foram através da BEX, a acomodação foi oferecida pelo próprio empregador, mas não há nada previsto em contrato que os impossibilitasse de procurar outra opção de acomodação na cidade, caso não estivessem satisfeitos com as condições ou taxas da atual. Isto, inclusive, foi sugerido pela BEX aos intercambistas quando entraram em contato conosco, mas os mesmos decidiram continuar na mesma acomodação.

A BEX acompanhou todo o desenvolvimento do programa dos intercambistas, sempre dando suporte e apoio aos mesmos. Toda a comunicação feita com os intercambistas foram feitas por telefone e por emails, que a BEX tem devidamente guardados e arquivados, que comprovam o suporte prestado aos intercambistas.

A BEX é uma empresa séria, com mais de 14 anos de mercado, já tendo enviado mais de 15 mil estudantes e intercambistas ao exterior. A BEX é membro pleno da Associação Belta, cumprindo com todas as exigências e padrão de qualidade nos serviços oferecidos e foi eleita agência destaque no mês de agosto de 2006 pela revista internacional Language Travel Magazine, especializada em intercâmbio cultural.

Por fim, repelimos, veementemente, qualquer tipo de exploração indevida de trabalho. A forma como o repórter conduziu a matéria foi bastante imprudente. Pedimos à IstoÉ uma retratação pública, uma vez que o repórter não analisou devidamente todos os aspectos de como funciona este programa de intercâmbio em questão e, conseqüentemente, teve uma visão distorcida da realidade.




Carta da Experimento à IstoÉ

São Paulo, 3 de abril de 2007 - Em relação ao programa de trabalho remunerado nos Estados Unidos, a Experimento esclarece que suspendeu temporariamente o contrato com a Aspire WorldWide para apuração das supostas denúncias realizadas pela "Revista Isto É" sobre os casos dos jovens Mauricio Garcia Sore, Diego Critter Melhado, Guilherme F. Marques de Paiva e Rogerio Guimaraes Perissini.

A empresa declara que é a primeira vez que atua em parceria com a Aspire Worlwide, uma divisão da ASSE International Student Exchange Programs, multinacional fundada em 1930 pelo Ministério de Educação da Suécia. O critério da Experimento para a escolha da parceira internacional é a apresentação de autorização especial do Departamento de Estado Americano para a operação do programa Work & Travel. Além de autorizada, a Aspire tem sido desde então auditada pela entidade.

A Experimento é uma empresa com 43 anos de atuação em intercâmbio cultural no Brasil, e 75 anos de atuação no mundo, tendo sempre pautado seu trabalho pela seriedade, qualidade de atendimento e na exigência de profissionalismo por parte de seus parceiros no exterior. É membro da World Youth and Student Education WYSE Travel Confederation, da FEIL - Federation of the Experiment in International Living, ALTO - Association of Language Travel Organisations e IAPA - International Au Pair Association e BELTA - Brazilian Education and Language Travel Association.

A Experimento envia mais de 5.000 jovens e estudantes todos os anos para o exterior, tendo a recomendação de ex-participantes satisfeitos como a maior fonte de novos clientes. Histórico do caso

Em setembro de 2006, os jovens se inscreveram num programa de trabalho remunerado nos USA. Como empresa intermediadora, a Experimento providenciou serviços de teste de inglês e entrevista, ofereceu todo o suporte necessário para o preenchimento do Application form e efetuou orientação pré-embarque. Coube a organização internacional Aspire Worldwide a busca pela oferta de trabalho temporário nos Estados Unidos, a emissão do documento DS 2019 (necessário para solicitação do visto americano de trabalho/viagem), bem como o suporte aos intercambistas no exterior durante o programa.

A vaga de trabalho previamente escolhida pelos estudantes foi cancelada pelo empregador, e outra vaga foi oferecida aos mesmos ainda no Brasil, antes do embarque. Na ocasião, os estudantes aceitaram a oferta. Uma vez nos EUA, os estudantes solicitaram mudança da vaga, após trabalharem apenas por um dia.

Todos os esforços foram realizados com o objetivo de recolocar os participantes do programa em uma vaga que fosse do seu agrado. No início de janeiro de 2007, a Aspire WorldWide ofereceu mais uma opção de trabalho aos jovens os quais, no entanto, declinaram a oferta e manifestaram por escrito a intenção de sair do programa e permanecer no país em um trabalho escolhido por eles próprios. Conforme e-mail anexo, os participantes se mostraram satisfeitos com a solução tendo, inclusive, optado por permanecer na acomodação oferecida inicialmente.

Durante todo este processo, a Experimento não mediu esforços em atuar com a Aspire Worldwide para a solução das questões levantadas, bem como nunca deixou de prestar suporte e esclarecimento aos pais dos estudantes disponibilizando, inclusive, o telefone pessoal da gerência para contato em qualquer horário. Em nenhum momento a Experimento ou a Aspire WorldWide foram consultadas por advogados americanos ou brasileiros.

Roberto Caldeira, diretor comercial da Experimento, reforça que a empresa sempre foi rigorosa na escolha de seus parceiros internacionais. "O mais importante para nós é a satisfação dos nossos clientes. Foi com base nesse respeito ao consumidor e uma alta qualidade dos nossos produtos que nos tornamos uma das empresas líderes nesse segmento no País", afirma.

Por fim, causa profunda indignação o fato de a reportagem chegar à conclusão de que existe uma "quadrilha internacional que promove trabalho escravo" e ainda sugerir a participação da Experimento. Segundo a OIT - Organização Internacional do Trabalho - a definição de trabalho escravo é: "Quando falamos de trabalho escravo, falamos de um crime que cerceia a liberdade dos trabalhadores. Essa falta de liberdade se dá por meio de quatro fatores: apreensão de documentos, presença de guardas armados, por dívidas ilegalmente impostas ou pelas características geográficas do local, que impedem a fuga." A narrativa dos entrevistados passa longe desta situação.

A Experimento nunca se furtou e nunca se furtará a prestar auxílio e apoio a seus participantes, tanto no Brasil como no exterior, razão única e exclusiva de sua existência. Portanto repudiamos com veemência a conclusão da matéria de que houve trabalho escravo e de que a Experimento participaria de qualquer forma deste suposto esquema. Sobre a Experimento Intercâmbio Cultural.

A Experimento Intercâmbio Cultural atua há 43 anos no Brasil. Sua missão é ser uma organização especializada em intercâmbio cultural, referência de alto padrão de qualidade em atendimento, equipe, serviços e produtos competitivos que promovem experiências internacionais de aprendizado, formação e crescimento pessoal e profissional para jovens e estudantes. A escolha dos parceiros no exterior é criteriosa e inclui verificação sobre a autorização do governo americano para operação de programas de intercâmbio nos USA. Um dos programas oferecidos pela Experimento é o de trabalho remunerado no exterior para universitários. Além disso, também oferece cursos de idiomas, cursos de idiomas combinados com interesses específicos, Au Pair, High School (equivalente ao ensino Médio brasileiro) e programas de férias.





segunda-feira, 16 de abril de 2007

Intercâmbio Escravo by IstoÉ

Intercâmbio escravo

O drama dos estudantes brasileiros que vão para o Exterior em busca de melhor formação e acabam escravizados nas mãos de quadrilhas internacionais.

Por Hugo Marques e Carina Rabelo

Nove entre dez famílias brasileiras sonham um dia mandar seus filhos para o Exterior. Desejam que eles possam estudar, trabalhar, dominar mais de um idioma, conhecer outras culturas e que voltem qualificados para enfrentar um mercado altamente competitivo. É um desejo absolutamente legítimo, que tem se tornado cada vez mais possível. Nos últimos cinco anos, segundo pesquisa realizada pela Association of Language Travel Organizations, maior entidade de empresas de intercâmbio do mundo, o Brasil se transformou no quarto “exportador” de estudantes do planeta, responsável por 32% dos jovens que cruzam oceanos em busca de melhor formação, ficando atrás apenas de Japão, Espanha e Alemanha. No ano passado, pouco mais de 70 mil brasileiros deixaram o País em programas de intercâmbio. Para este ano, a estimativa é de que o número de brasileiros nesses programas supere os 94 mil. O problema é que o crescimento desse mercado trouxe consigo uma série de armadilhas até agora pouco conhecidas dos brasileiros. Ninguém está imune a elas e não são raros os casos em que o sonho se transforma em dramático pesadelo, com os jovens sendo submetidos a trabalho escravo.

Extrovertida, alegre, filha de médicos bem-sucedidos, Nathália de Souza e Castro, 21 anos, desembarcou no aeroporto de Miami em 14 de dezembro do ano passado. Estava certa de que começaria ali a viver “os dias mais felizes de sua vida”. Na verdade, começava a protagonizar um filme de terror, como ela mesma define sua passagem pelos Estados Unidos. Queria aperfeiçoar seu inglês e conhecer uma outra cultura. Quando saiu do avião, Nathália ficou dez horas enclausurada dentro de uma van na companhia de outros brasileiros. Depois, todos foram levados ao Burger King. “Comam porque vocês não sabem a próxima vez que vão comer!”, gritava o motorista, um armênio chamado George, que de vez em quando dava um cascudo no seu auxiliar, o mongol Eddy. Quando deixou o Brasil, Nathália e outros estudantes de Brasília assinaram um contrato determinando que o grupo iria trabalhar junto em um mesmo local nos EUA. Lá, ela e sua amiga Paola Carvalho foram levadas para a cidade de Naples, a 40 minutos de Miami. As duas trabalharam em uma loja chamada Alvim, cujo proprietário chama-se Yosban. Duas semanas depois, foram levadas para a fábrica Sun Art, de Aras Khurshudyan, em Hollywood. No chão do quarto do apartamento onde elas foram morar, apenas dois colchões de ar. E muita barata. “Os colchões esvaziavam e acordávamos no chão frio”, diz Paola. As duas trancaram a porta do quarto para dormir, pois descobriram que teriam de dividir o apartamento de dois quartos com Aras, o motorista George e o auxiliar Eddy. “Era horrível, não sabíamos quem estava dormindo ao nosso lado”, lembra Nathália.

As jovens tiveram de comprar talheres, pratos e panelas. Nos galpões da fábrica trabalhavam com colombianos, mexicanos, peruanos e outros brasileiros, muitos ilegalmente nos EUA. Produziam e embalavam estampas de camisetas. Ninguém falava inglês. Comiam na calçada, em rápidos intervalos. Trabalhavam das 9 horas às 22 horas e tinham direito a 30 minutos de almoço. Não sobrava tempo para estudar. Pelas duas primeiras semanas de trabalho, Nathália recebeu US$ 230. Paola recebeu US$ 165. O dinheiro não deu para pagar o que elas gastaram com alimentação e venenos para matar as baratas do quarto. Mais duas semanas de trabalho e resolveram voltar, depois de conseguir contato com as famílias no Brasil. Paola ainda teve de devolver US$ 21 ao empregador, como restituição pelo uso do alojamento. Resultado de um mês de trabalho: US$ 143. Aras tem o hábito de beber e gosta de ficar “cantando as garotas”, como diz Nathália. Desesperada com as notícias que recebeu da filha, a mãe de Nathália, Maria de Fátima, foi pessoalmente aos EUA para trazer a garota de volta. “A perda da ilusão destes jovens é maior do que a perda monetária”, lamenta Maria de Fátima.


Nathália e seus amigos foram vítimas de um tipo de intercâmbio que requer cuidados especiais: o Work and Travel, ou Trabalhe e Viaje. A modalidade ganhou prestígio internacional após os ataques terroristas de 2001, quando os Estados Unidos – destino preferido por 48% dos brasileiros – adotaram a política de endurecer contra os clandestinos e ao mesmo tempo ampliar o número de vistos para absorver trabalho temporário. Nesse contexto, diversos jovens são vítimas de uma quadrilha que atua basicamente na Flórida, promovendo o intercâmbio escravo. Os estudantes são impedidos de falar inglês e ganham pouco mais de 10% do salário de um trabalhador clandestino. Os donos das empresas providenciam moradia, mas cobram tarifas de luz e aluguéis extorsivos. No final do mês, a exemplo do que aconteceu com Paola, muitos ficam devendo dinheiro aos empregadores. O esquema envolve empresas de sete cidades da Flórida, segundo os relatos dos jovens, e explora centenas de pessoas.

Diego Critter Melhado, 20 anos, de Campinas, no interior paulista, chegou a Miami no dia 18 de dezembro, trabalhou dois dias e no terceiro desistiu do emprego. Ele trabalhava numa fábrica lavando com as próprias mãos as telas de alumínio utilizadas em serigrafia, sujas de tinta. Diego tinha de misturar produtos químicos e não recebeu máscaras nem luvas. “Tive vários pequenos cortes nas mãos e aquilo ardia muito nos olhos”, lembra. Ele morava com três amigos, todos submetidos a trabalho escravo. No apartamento de um quarto só havia quatro colchões de ar, dois deles furados. “Tivemos de pagar adiantado US$ 2,6 mil de aluguel para sermos liberados pelo empregador”, diz o rapaz. “É trabalho escravo.” Os rapazes de Campinas fecharam contrato com a empresa brasileira Experimento Intercâmbio Cultural. “A Experimento não nos ajudou em nenhum momento”, reclama. Eles procuraram o consulado brasileiro em Miami, que os encaminhou para o advogado Joel Stewart. Mas o advogado disse aos jovens que os contratos de emprego estavam irregulares e que nada podia fazer. Quando os estudantes falavam em procurar o consulado, os empregadores ameaçavam e diziam que tinham o controle sobre o visto. A gerente da Experimento, Patrícia Zocchio, lamentou o tratamento que os estudantes receberam no Exterior. Ela afirma que a empresa realizou todos os esforços para “recolocar” os jovens em outro trabalho. A mãe de Diego, Márcia Melhado, quer a devolução de tudo o que gastou. “Eles extorquiram o dinheiro dos meninos”, reclama Márcia.

A promessa feita pela maioria das 70 empresas que enviam estudantes para o Exterior é de um emprego digno ao longo de uma temporada de até quatro meses. Cada jovem gasta entre R$ 10 mil e R$ 12 mil com passagens, taxa de agência e outras despesas. As empresas de intercâmbio costumam cobrar R$ 3 mil de cada jovem, só de taxas. Mas nada assegura que por trás de uma fachada bem montada não haja uma arapuca. O estudante André Lima, que trabalhou um mês em Miami, diz ter conhecido vários outros brasileiros vivendo em condições subumanas. Além de Naples e Hollywood, ele diz que o esquema tem lojas em Cocoa Beach, Anna Maria Island, Clearwater e Fort Lauderdale. Uma das agências nos EUA que providenciaram os falsos empregos para os brasileiros é a Aspire Wordwide. “Esperávamos uma resposta melhor da Aspire”, lamenta Natália Payne, responsável pela Bex, agência brasileira que mandou seis jovens de Brasília para as mãos do esquema. Ela admite que os jovens pagaram taxas extorsivas. Cada um tinha que entregar US$ 71 para pagar energia elétrica na residência coletiva. Um mesmo apartamento de dois quartos acomodava até dez pessoas. Mesmo em residências coletivas, esses jovens pagaram US$ 422 de aluguel e caução. Bex e Aspire romperam o convênio assim que ISTOÉ começou a investigar o intercâmbio escravo, há três semanas.

“Não tenho o que comentar”, disse Sara Molan, a responsável pela Aspire em Laguna Beach, na Califórnia. Aras Khurshudyan, um dos empregadores identificados, também se recusou a atender a reportagem. “É lamentável que isso ocorra, mas o governo dos Estados Unidos vistoria essas agências e empresas que cuidam de intercâmbio e com certeza tomará providências”, diz Tatiana Visnevski, presidente da Brazilian Educational & Language Travel Association – entidade que congrega 70 empresas brasileiras de intercâmbio. Os pais que tiveram os filhos humilhados, no entanto, não estão dispostos a esperar que o governo americano tome providências e já planejam a adoção de uma série de processos tanto aqui como lá. A advogada Maria Bilotta, tia de Flávia Escobar, outra vítima do esquema, afirmou que os processos no Brasil serão apresentados com base no Código de Defesa do Consumidor. “As agências não cumpriram contratos e fizeram propaganda enganosa”, constata. Aos 22 anos, Flávia chegou este mês dos EUA e se diz traumatizada. “A gente não podia conversar em inglês, não podia sentar, a gente tinha que estar sempre trabalhando.” A estudante Elisa Carvalho, 21 anos, ficou irritada ao saber que ganharia US$ 6 na segunda quinzena de trabalho. “Infelizmente, tem muita gente lá que aceita essas condições por falta de opção melhor no Brasil”, diz Elisa.

Joel Stewart, advogado do consulado brasileiro em Miami diz que de fato alguns jovens brasileiros têm feito reclamações sobre as condições a que ficam submetidos, mas assegura que o problema está mais no Brasil do que nos Estados Unidos. “Esses programas não concretizam em contrato todos os detalhes necessários. A culpa é das agências brasileiras, que contratam essas pessoas e nada explicam. É uma bagunça”, acusa o advogado. Ele sugere que antes de viajar os jovens coloquem no contrato todos os detalhes do programa, como salário, condições de moradia e tipo de emprego. No Brasil, o Itamaraty pediu às famílias que apresentem denúncia formal na Divisão de Assistência Consular, em Brasília, pois assim o governo poderá promover uma ação coordenada com o governo dos Estados Unidos para coibir qualquer tipo de exploração de mão-de-obra semi-escrava de brasileiros. “Essas empresas têm que ser identificadas para que respondam juridicamente”, diz o secretário Acir Pimenta. “O Itamaraty vai instruir os postos no Exterior a fazer representações para evitar que os jovens sejam enganados”, promete.

Com a rápida expansão do mercado de intercâmbio, as agências no Brasil oferecem dez tipos de programas no Exterior. O trabalho remunerado é o que tem mais crescido nos últimos cinco anos. O programa é para jovens entre 18 e 30 anos, que tenham bom nível de inglês. Até então, um dos mais procurados era o Programa High School, pelo qual os estudantes entre 14 e 19 anos podem ficar até 12 meses na casa de uma família americana, para terminar o segundo grau. Mas, nesses casos, as famílias podem e devem ser bem escolhidas.

Atraso

Peço desculpas pelo longo tempo sem postagens... Estava sem inspiração e simplesmente ocupada demais. Buuutttt, this week I'm gonna make amendments! ^^

O chat de ontem (domingo, 15/04) foi simplesmente o máximo e extremamente inspirador. Agradeço a participação de todos, peço desculpas aos que não chegaram a tempo ou não puderam entrar. O resumo das informações trocadas no chat será postado depois, aqui no blog e nas comunidades.

E people! Comentem no blog!!!! É legal, rápido e me faz feliz!!! :)

sexta-feira, 6 de abril de 2007

É oficial... EU VOU!

Segunda-feira, 02 de Abril de 2007

Dia normal, tinha voltado da porcaria da aula de Processo Civil e estava conversando besteiras (tem coisa melhor?) com minha prima enquanto nerdava tranquilamente no pc, brigando com o torrent que se recusava a pegar rápido e dando mais um refresh nas comus do orkut sobre o WE.
Telefone toca, nem ligo. Não era para mim mesmo, dificilmente era... Até que vem o grito... "Maya! É do intercâmbio lá!". Eu praticamente corro para o telefone. Daniela da IE, do outro lado da linha, me perguntando se eu já havia me decidido pelo programa e se (ou quando) ia fechar com eles. E também dizendo que eu devia aproveitar o câmbio do dia (quem entrou em contato com a IE ou viu a planilha, sabe que existe um câmbio especial da agência para depositos bancários em reais) de 2,19.

Como alguns sabem, outros suspeitam e a maioria desconhece, eu tinha voltado a ficar em dúvidas com relação a agências. Dessa vez a briga era entre IE e BEX, simplesmente por conta da proposta mais baixa da BEX. Embora eu estivesse mais inclinada pela reputação da IE, pela assistência e preocupações oferecidas, o preço da BEX me tentava. Estando nessa dúvida, me despedi da Daniela dizendo que ainda ia pensar.

Voltei para o pc, porém já sem a tranquilidade anterior. O representante da BEX não respondia minhs dúvidas, tinha a matéria da Istoé, a experiência da IE, o câmbio mais baixo, entre milhares de outros pensamentos que passavam pela minha cabeça. Até que, num impulso, corri atrás da minha mãe... "Posso sacar o dinheiro hoje e pagar logo a agência? O câmbio tá mais baixo e blá blá blá".

Minha mãe disse pela vigésima vez que o dinheiro era meu, eu que me virasse para resolver, mas que se desse alguma merda não tinha mais e eu não viajaria. Com um rápido ok concordando com isso e o sinal verde da chefa, sai correndo de casa para ir até a agência da Caixa Econômica mais próxima. Quarenta minutos de fila depois, eu estava sacando a quantia de R$4574,12 centavos para depositar no Banco Real vizinho. Corro para o Real. Meros quinze minutos de fila e o deposito está efetuado e eu estou com o comprovante no bolso. Coração a mil por hora. Eu estava pagando a agência e ia viajar. Cada vez mais era real.

E lá vai sair correndo feito uma louca pelas ruas próximas, procurarando pela danada da papelaria com fax que eu sabia que tinha por perto. Envio o fax, ligo para a IE. Devidamente recebido por eles. Em breve iriam me ligar para terminar o processo de cadastro.

Minha mãetrocinadora, sabendo que eu estava na rua e resolvendo aproveitar o fato, pede para comprar algumas coisas para ela... Vou, porém agoniada, sabendo que, com certeza, a IE iria me ligar enquanto eu estivesse na rua... Tudo culpa do maldito Murphy.

E quase que perco a ligação. Terminei minhas tarefas de boa filha e entrei no carro. Na hora em que ia ligá-lo, o telefone toca. E lá vai a troca de dados... Nome completo, data de nascimento, nome dos pais, RG, CPF, telefone de contato, tamanho da camisa e mais outros detalhes. Pronto. Eu era a mais nova participante do Work Experience da IE. É oficial, não tem mais volta. Cadastro efetuado e tudo pago. Eu ia. Eu vou. Eu VOU!

Aqueles que já fecharam agência sabem do que estou falando... Fechar é simplesmente maravilhoso. A sensação de "eu vou, é de verdade" é impagável (na verdade é... custa menos de 5 mil reais... :D). Para aqueles que ainda vão fechar, eu digo... Vocês vão entender... E amar. :D