sexta-feira, 20 de abril de 2007

Dúvidas: Qual a melhor modalidade para mim?

Várias pessoas tem me procurado por esses dias com a pergunta do título e variantes. É uma dúvida válida. Passei por ela, vocês todos viram o meu dilema. E muitos que começaram a pesquisar agora e com certeza outros que ainda irão começar vão se perguntar isso em algum ponto.

Porém, infelizmente não é uma pergunta que eu possa responder, pois se trata de algo extremamente pessoal. O que posso fazer é ajudar a chegar na resposta. Então apertem os cintos e vamos lá.

Placement
Pode, talvez, ser considerada como a opção mais "fácil" de todas. Certamente é a mais cômoda. Você contrata a agência, preenche um formulário com caracteristicas, habilidades e preferências. Seu trabalho para por aí. Agora é a vez da agência fazer o serviço sujo, que consiste em comparar o seu "curriculo" com as vagas disponíveis nos empregadores associados à agência. E voilá! You got a job, baby. Agora é hora de arrumar as malas e conseguir uma casa (embora isso não seja exatamente sempre fácil). Maravilha! Porque então existem as outras opções? Para que problemas se tudo pode ser tão simples? É aí que entra o pulo do gato. Lembra como as agências comparam seu curriculo com os empregadores cadastrados com elas? Então... Esses empregadores vão desde resorts maravilhosos em Lake Tahoe, Park City ou Naples até um obscuro restaurante no Missouri. E você simplesmente não pode escolher. Apenas indicar o que prefere. É uma espécie de loteria glorificada. Feeling lucky? Além disso, ainda existe a maldita claúsula "lock-in". Nada de trocar de emprego, nada de sair do que você foi contratada... Está presa a ele. A menos que você tenha um chefe muito bonzinho ou muito ruinzinho. Porém, apesar de todas as variaveis, é uma opção muito interessante para marinheiros de primeira viagem, inseguros, indecisos, de quem se garante no currículo ou quem não tem tempo de pesquisar, não sabe como nem quer aprender.


Job Fair
É uma outra opção fantástica. A agência reune para você, ao vivo e a cores, dezenas de empregadores, de ótimos a medianos, que estarão lá de mãos abertas para lhe receber. Um verdadeiro buffet de empregos. Toda a vantagem de impressionar os empregadores com sua personalidade esfuziante, seu inglês bom, enfim... Oportunidade de vender seu peixe pessoalmente. Você ainda pode escolher qual empregador vai lhe entrevistar, o que significa uma liberdade de escolher o lugar para onde se vai. Soa perfeito? Sim, soa. Mas... Sempre o "mas". A nossa velha amiga "lock-in" também aparece por aqui. E não ache que é um buffet "all you can eat". Limite-se a um prato, digo, empregador apenas. Seja uma entrevista, ou três, você terá um número determinado de escolhas e entrevistas. Além disso, para participar da feira, você precisa ter um nível de inglês bem decente. Desista se seu inglês é mais do tipo "yes" ou "no" que estar apto a traduzir um texto sem ajuda de dicionário. Outro detalhe, é que alguns empregadores exigem uma determinada data de ida e retorno. Mas de modo geral, é uma das melhores opções. Vale avisar que quanto mais prestigio sua agência (ou o sponsor) tiver, melhores serão os empregadores.


Independent (walk-in)
Sou suspeita pra falar dessa modalidade. Na minha humilde opinião é a melhor do mundo... Mas isso só sou eu :). A palavra chave aqui é liberdade. É tudo com você. Para onde vai, com quem vai, onde vai trabalhar, onde vai morar e tudo o mais que exigir escolha. Não tem "lock-in", não tem data de chegada nem de saída. O céu (e o DS2019) é o limite!!! Mas... mesmo aqui, nem tudo são flores... Essa é uma modalidade para os devotos do São Google. Se ele não era, vai virar seu melhor amigo, companheiro de todas as horas, um verdadeiro Todinho. Escolher a cidade é uma luta... A liberdade também pode ser sufocante, com tantas opções legais... chega a ser (quase) melhor que uma loja de doces! E depois vem a luta para pesquisar empregos, casas, como é a cidade... enfim... pesquisas intermináveis (e para uns loucos, prazeirosas). Sua nova rotina inclui abusar diariamente corretores de imóveis e RHs das empresas alvo. Checar seu e-mail cem vezes ao dia é normal e necessário. Vida social? Só nos fins de semana e depois do horário comercial... de lá. Aprender a contar fuso horário é requerimento. Mas... bem lá no fim do túnel do despespero tem a luzinha salvadora: walk-in. Não conseguiu emprego e o vôo é semana que vem? Relax, honey. Muitos empregadores estarão esperando você ir falar com eles pessoalmente assim que chegar nos States.


Independent (sem walk-in)
Particularmente considero essa a opção mais "difícil" e não recomendaria para aqueles que vão pela primeira vez. O diferencial aqui, em relação a anterior, é a necessidade de um emprego, qualquer emprego, para embarvar. No job, no USA. Não adianta chorar nem espernear. E muitos empregadores não contratam via e-mail. Marcam entrevistas. Não digo que seja impossível conseguir uma job offer. Mas é difícil. E a medida que o tempo for passando e nada for chegando... Bate o desespero. O único aspecto positivo, para mim, é o preço. É a opção mais barata de todas. É válido para returnees com contatos ou os sortudos com algum parente/amigo disposto a lhe contratar ou pelo menos a dizer que vai.

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