quinta-feira, 8 de março de 2007

Toca telefone. Toca logo

Naquela ligação ocorrida no meio do Tribunal do Júri, semana passada, eu tinha agendado minha entrevista de inglês (aquela, que determina se você suck, se é kinda nice ou se é very good) para segunda-feira, 5 de abril, às 16h30 da tarde. Consegui esquecer a ansiedade (e a entrevista) durante a semana. Mas quando segunda chegou...

A entrevista era só no que eu conseguia pensar. Mentalmente fui treinando meu inglês, sendo minha própria interrogadora e interrogada. Manhã na aula (...porcaria de aula de Processo Civil que não acaba...), tarde assistindo audiência do Juizado Especial (...porcaria de professor de Prática Jurídica e suas exigências de cinco termos comprovando que se assistiu as audências...). Finalmente... Hora de voltar pra casa. Correndo, porque estava em cima da hora. E foi em cima, de 16h30 eu estava abrindo a porta de casa e agoniadamente questionando a todos se alguém havia me ligado. Diante da negativa, relaxei um pouco e vim para o computador, ver se não havia nenhuma comunicação da IE. Nada. E nada do telefone tocar também. Passou-se vinte minutos. E ainda nada. Não aguentando mais esperar, liguei.

Uma moça muito simpática me atendeu. Perguntei por Caio, o atendente que havia me ligado antoriormente e marcado a entrevista. Ele estava ocupado. Ocupadissímo. As vagas do Work Experience tinham acabado de abrir. Mas ela ia me passar para Dani, que também trabalhava com o Work. Pronto. A entrevista escrita estava a caminho. Eu tinha apenas trinta minutos para respondê-la. Mas... E se fosse dificil? E se eu não soubesse de uma palavra? Trinta minutos me pareciam tão pouco... O email chegou. Abro-o, nervosamente, sempre acompanhando o relógio.

Primeira pergunta: Please describe what you do on week days? Regularly.

Parece simples. Assim como as outras sete também o foram. Respondi tranquilamente, conferi minhas respostas, completei algumas, modifiquei outras, até consultei uma palavra no dicionário para confirmar se estava corretamente escrita. E ainda tinha dez minutos de prazo sobrando.

Enviei a resposta e aguardei a ligação para o teste oral. Faz tempo que não falo inglês, só escrevo. Será que eu ia falar direitinho? Será que iam me compreender bem? O telefone não tocava. Ou melhor. Dava um toque e parava. Imaginando ser a IE, mas sem ter certeza, tudo o que eu fazia era correr para o telefone cada vez que ele pensava em tocar. E nada ainda. Dez minutos, vinte minutos, meia hora... e nada. Quarenta minutos, o telefone toca... mas a ligação cai. Maldito Murphy! Porque você teve que nos conscientizar das leis sacanas que regem o universo? A ignorância pode ser uma benção sim. O telefone toca... Desanimada já e cansada de tantas corridas, deixo tocar. Vai cair mesmo. Mas o dessa vez é insistente. Um toque. Dois. Três. E continua tocando... Corro pro telefone. É o Caio. Viva. Ou não...

Depois de uma troca rapida de cumprimentos educados, largamos o português e vamos para a tal entrevista. Quase as mesmas perguntas do teste escrito, com mais umas originadas das respostas e outras de conversas anteriores sobre o programa. Finalmente o teste termina. Eu tenho um nível bom! Eu tenho um nível bom! Posso participar de Job Fair e ir tranquilo de Self. Eu tenho um nível bom!!!!! Weeeeee! Yipee!! YAHOOOO!!! USA, here I come!!!!

Nenhum comentário: